segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Edifício A Noite

 O Edifício A Noite fica na Praça Mauá, Zona Portuária do Rio de Janeiro. Foi construído em 1929 e sua fama se dá por ser o primeiro arranha-céu da América Latina. Outra curiosidade é que foi um dos primeiros prédios a utilizar a técnica de concreto armado em sua construção.

Seu nome vem da época em que abrigou a sede do Jornal A Noite. O edifício também abrigou a famosa Rádio Nacional. 

Atualmente se encontra abandonado, precisando de obras urgentes. Há um tempo atrás foi anunciado o leilão do prédio que aconteceria em agosto mas até agora não foi concretizado.




segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Orla Luís Paulo Conde

 A Orla Luiz Paulo Conde fez parte de um pacote de obras para as Olimpíadas de 2016 que teve como sede a cidade do Rio de Janeiro.

O caminho que beira a Baía de Guanabara liga a região da Praça XV a Praça Mauá, antigo porto da cidade. Antes fechado por ser área militar a região que faz parte da Marinha possibilita um passeio de onde é possível observar a bela paisagem da baía. Destaque para a Ilha das Cobras e o movimento de pousos no aeroporto Santos Dumont.

Apesar da bela paisagem nos dias quentes o passeio não é indicado já que existem poucas áreas de sombra ao longo do caminho.
















segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Praia do Vidigal

 A Praia do Vidigal fica na Zona Sul do Rio de Janeiro no bairro do Vidigal. O acesso pode ser feito pela Avenida Niemeyer ao lado do Hotel Sheraton. 

O mar é agitado o que exige cuidado na hora do banho. Tem uma paisagem linda com uma pedra de onde alguns banhistas se aventuram pulando no mar. Mas é bom cautela por conta dos riscos de acidentes.

Assim como acontece com a Praia da Joatinga muita gente pensa que a praia é particular. Porém vale lembrar que pela lei no Brasil não existe praias particulares.





segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

O Almirante Negro

 O Almirante Negro é como ficou conhecido João Cândido Felisberto. Foi um dos líderes da Revolta da Chibata, movimento que exigiu o fim dos castigos físicos que superiores brancos infrigiam a marinheiros em sua maioria negros e pardos.

Nascido no Rio Grande do Sul em 1880 poucos anos após a Lei do Ventre Livre, que garantia liberdade a criança nascida de mãe escravizada. Ingressou na vida militar já aos 14 anos participando de importantes missões onde pode compreender o mundo a sua volta. Era nítida sua inteligência e sua capacidade de liderar. 

João Cândido chegou a se encontrar com o então presidente Nilo Peçanha onde solicitou o fim dos castigos físicos e pedia melhores condições de trabalho para os marinheiros. Por mais que fosse um bom articulador as autoridades ignoravam suas solicitações.

Havia um planejamento de um motim visando dar um basta em toda essa situação. Porém, antes da data combinada um fato fez eclodir a revolta. Um marinheiro foi punido com 250 chibatadas e desmaiou por conta das agressões, esse fato revoltou os demais marinheiros que já estavam esgotados de tanta violência. Eles então tomaram quatro navios de guerra e apontaram os canhões para a cidade do Rio de Janeiro, na época capital do Brasil. O motim durou quatro dias e um tiro de advertência chegou a ser disparado em direção a cidade. O recém-empossado presidente marechal Hermes da Fonseca se comprometeu a por fim aos castigos físicos e anistiar os revoltosos. 

Porém pouco tempo após o fim da revolta o presidente voltou atrás e passou a perseguir os marinheiros que participaram do motim. Essa fato gerou outra revolta que apesar de não ter participado João Cândido foi acusado de integrar o grupo desse novo levante e terminou preso nos porões da Ilha das Cobras, Centro do Rio. As condições das celas eram precárias e após alguns dias só restaram dois vivos, um deles o Almirante Negro.

Após sair da prisão foi enviado para um manicômio onde permaneceu por dois meses. Tentou voltar para a Marinha, sua grande paixão mas não teve sucesso. 

Bem próximo de onde a revolta aconteceu na Praça XV vendia peixes para sobreviver. João Cândido viveu o restante de sua vida de maneira precária na cidade de São João de Meriti. Em vida não teve o reconhecimento merecido, na verdade mesmo após sua morte parece haver um movimento que tenta de todas as maneiras apagar seu nome da história.

Para se ter uma noção, no dia de seu enterro, no ano de 1969 policiais disfarçados acompanharam o cortejo e fotografaram as pessoas que lá estavam. Qualquer menção a ele era tratada como crime. 

No ano de 2019 a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro reconheceu João Cândido como um herói do estado. Seu nome estará ao lado de grandes outras personalidades importantes da história.

Na Praça XV, próxima a estação do VLT fica a estátua em homenagem ao herói que lá no início do Século XX gritou por justiça e respeito, pilares essenciais para uma sociedade mais íntegra.

Porém já há algum tempo que percebo um descaso e até mesmo crime com a história do Almirante Negro. Sua estátua tinha uma placa informativa, esta foi arrancada, depredada há um tempo e nada foi feito para repará-la como podem ver na foto abaixo. 







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