O turismo em áreas de favela teve início por volta
dos anos de 1990, na Favela da Rocinha, Zona Sul. As empresas com o foco no
“turismo exótico” buscavam aproveitar a fama desses locais para oferecer um
novo produto a seus clientes. Sem ao menos planejar um foco respeitoso,
iniciaram uma invasão que se espalhou por várias favelas da cidade. Os jipes
sobem e descem os morros como se estivesse num safári. Os moradores com sua
privacidade invadida ficam a mercê de um poder público interessado apenas no
lucro. Essa situação é nada mais do que o reflexo de um sistema sem
planejamento. O turismo no Brasil é amador, e caminha a passos lentos rumo à
profissionalização do Setor. É inacreditável existir projetos turísticos sem se
quer ser analisado por um turismólogo.
Não são todas as favelas que tem um potencial
turístico. É necessário um planejamento conjunto entre técnicos e a própria
comunidade a receber o turismo. O ponto chave desse processo deverá ser o
desenvolvimento da localidade envolvida e seus moradores. O turismo em favela é
complexo, é necessário o máximo de cuidado no planejamento e execução. E junto
a isso tem de haver uma real integração com a região visada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário